A Internet das Coisas (IoT) é um conceito revolucionário que surgiu da convergência de diferentes tecnologias inovadoras, como chips RFID, sensores e a Internet. Essa tecnologia permite a conexão de dispositivos físicos e objetos diversos por meio de uma rede de sensores e dispositivos não computacionais que se comunicam com computadores e outros dispositivos pela Internet.

A história da IoT

A IoT teve suas origens no MIT, onde estudantes universitários utilizaram sensores baratos para monitorar e abastecer uma máquina de refrigerantes. Desde então, avanços significativos foram feitos nesse campo. Em 1994,

Reza Raji propôs em um artigo a ideia de automatizar casas e fábricas movendo pacotes de dados. A partir dos anos 90, empresas como a Microsoft começaram a experimentar ideias semelhantes, e a partir de 2002, a mídia começou a discutir os avanços da IoT, como o uso de dispositivos inteligentes conectados entre si e a sistemas de monitoramento.

No entanto, foi em 2008 que a IoT realmente tomou forma, quando o número de dispositivos eletrônicos conectados à Internet superou o número de pessoas. Desde então, a IoT se tornou uma indústria em crescimento, com cada vez mais dispositivos e objetos se integrando à rede.

Como a IoT funciona?

A tecnologia da IoT consiste na interconexão de dispositivos físicos e objetos por meio de sensores e dispositivos não computacionais que se comunicam com computadores e outros dispositivos pela Internet. Esses dispositivos podem variar desde termostatos e monitores de frequência cardíaca até sistemas de irrigação e segurança residencial. A IoT permite o monitoramento remoto, controle, automação e verificação do status de uma ampla gama de dispositivos e sensores, podendo ser utilizada em casas inteligentes e carros autônomos.

A IoT para uso pessoal e doméstico

A tecnologia da IoT pode ser aplicada de diversas formas para uso pessoal e doméstico. Um exemplo comum é a automação residencial, onde vários dispositivos podem ser utilizados para controlar e monitorar o uso de luzes, ar-condicionado, aquecedores e sistemas de segurança. Esses dispositivos também podem ser conectados a outros itens pessoais, como smartwatches e smartphones, ou a hubs inteligentes projetados para conectar diferentes produtos de casa inteligente, como smart TVs e geladeiras.

Casas automatizadas também têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida de idosos e pessoas com deficiências, fornecendo tecnologia assistiva. Isso inclui o uso de sensores em tempo real que alertam os familiares quando a frequência cardíaca de um ente querido está anormal ou quando ocorre uma queda. Outro exemplo interessante é o uso de camas inteligentes para detectar se uma cama está ocupada ou não, o que já está sendo testado em alguns hospitais para rastrear quando os pacientes saem de suas camas.

A IoT para uso comercial e industrial

A IoT também oferece inúmeras possibilidades para uso comercial e industrial. Por exemplo, sensores podem ser utilizados para monitorar condições ambientais, como temperatura, umidade, pressão do ar e qualidade. No setor agrícola, os agricultores podem utilizar dispositivos da IoT para rastrear quando o gado está ficando sem água ou comida, enquanto os fabricantes podem receber alertas quando um produto importante está prestes a acabar. Além disso, é possível programar máquinas automatizadas para fazer pedidos quando o estoque de um determinado produto atingir um nível mínimo.

Limitações da IoT

Apesar de todas as inovações trazidas pela IoT, existem algumas limitações a serem consideradas. Uma delas é o número crescente de dispositivos que precisam ser monitorados e conectados, muitos dos quais dependem de uma conexão com a Internet. Se a implementação não for adequada, empresas e proprietários de residências podem ter que acessar vários aplicativos diferentes para monitorar seus dispositivos, o que pode ser demorado e pouco atraente para os clientes.

Para contornar essas limitações, algumas empresas, como Apple e Lenovo, desenvolveram aplicativos que permitem o controle de dispositivos no ambiente iOS, inclusive por meio de comandos de voz. Outras plataformas de IoT funcionam com hubs independentes da Internet ou do acesso Wi-Fi, como o Amazon Echo e o Samsung SmartThings Hub. Dessa forma, a IoT funciona conectando os dispositivos a sensores que, por sua vez, estão conectados à Internet ou a outro receptor de Wi-Fi, permitindo o controle centralizado, a programação e o monitoramento.

Criptomoedas na IoT

Muitos sistemas da IoT dependerão de microtransações financeiras entre objetos digitais, o que exigirá que esses dispositivos estejam conectados de maneira que permita a chamada economia de máquina para máquina (M2M), ou seja, a troca de dinheiro entre dispositivos não humanos. Nesse contexto, há uma demanda crescente por moedas compatíveis com a IoT e as criptomoedas são, sem dúvida, uma alternativa viável.

Inicialmente, muitos acreditavam que a tecnologia blockchain seria a base para a economia M2M, pois é adequada para micropagamentos e amplamente utilizada com criptomoedas. No entanto, muitas redes blockchain têm desempenho limitado em termos do número de transações por segundo que podem processar. Isso significa que a maioria das implementações de blockchain que utilizam o mecanismo de consenso de Prova de Trabalho (Proof of Work) ou Prova de Participação (Proof of Stake) atualmente apresenta um potencial limitado de escalabilidade, tornando-as inadequadas para processar microtransações M2M em grande escala. No entanto, é importante mencionar que muitos projetos de blockchain estão trabalhando em soluções de escalabilidade, como a Lightning Network do Bitcoin e o Plasma do Ethereum.

Conclusão

A Internet das Coisas (IoT) está revolucionando a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor. A capacidade de conectar e controlar dispositivos físicos por meio da Internet traz uma série de benefícios para o nosso dia a dia e para diferentes setores da indústria. Além disso, as criptomoedas têm o potencial de desempenhar um papel importante na economia M2M, facilitando transações financeiras entre dispositivos digitais.

Embora a IoT ainda apresente algumas limitações, como o gerenciamento de um grande número de dispositivos e a dependência de uma conexão com a Internet, as empresas estão buscando soluções para tornar a experiência do usuário mais conveniente e eficiente. Com o avanço da tecnologia, é provável que vejamos cada vez mais projetos de criptomoedas voltados para a IoT, tornando-se parte integrante dessa revolução tecnológica em constante evolução.

FAQs

Quais dispositivos podem fazer parte da IoT?

Qualquer dispositivo com capacidade de coletar e transmitir dados, como eletrodomésticos, wearables, veículos e sensores industriais.

A IoT tem algum impacto ambiental?

Embora possa aumentar a eficiência energética, a produção e descarte de dispositivos eletrônicos podem ter impactos ambientais.

Como a IoT afeta a privacidade dos usuários?

A coleta constante de dados pessoais levanta preocupações sobre o acesso indevido e o uso dessas informações.

A IoT já é amplamente adotada?

A IoT está em crescimento constante, mas ainda está se expandindo para diferentes setores e regiões.

Como as empresas podem garantir a segurança dos dispositivos IoT?

Empresas devem adotar medidas rigorosas de segurança cibernética, como criptografia e atualizações regulares de software, para proteger dispositivos IoT contra ameaças.

Henrique Lenz
Henrique Lenz
Economista e trader veterano especializado em ativos digitais, forex e derivativos. Com mais de 12 anos de experiência, compartilha análises e estratégias práticas para traders que levam o mercado a sério.

Atualizado em: junho 21, 2025

O que é a Internet das Coisas (IoT)?
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