Enquanto o mundo cripto evolui a passos largos, muitos ainda desconhecem que a mineração continua sendo uma porta de entrada viável para quem deseja participar ativamente deste universo. Criptomoedas mineráveis oferecem uma oportunidade única de gerar ativos digitais através de poder computacional — um conceito que permanece revolucionário mesmo após mais de uma década do surgimento do Bitcoin. Mas afinal, quais criptomoedas ainda podem ser mineradas em 2025 e como escolher a melhor opção para seu perfil?

O panorama da mineração de criptomoedas sofreu transformações profundas nos últimos anos. O que antes era possível fazer com um simples computador pessoal agora exige, em muitos casos, equipamentos especializados e considerável investimento inicial. No entanto, contrariando a crença popular, ainda existem diversas alternativas viáveis para diferentes perfis de mineradores, desde o entusiasta casual até operações em escala industrial.

Conteúdo

O que você encontrará neste guia sobre criptomoedas mineráveis

  • Análise detalhada das principais criptomoedas que ainda podem ser mineradas
  • Comparação entre diferentes algoritmos de mineração e suas particularidades
  • Requisitos de hardware para cada tipo de mineração (CPU, GPU e ASIC)
  • Estimativas de rentabilidade e retorno sobre investimento
  • Considerações sobre consumo energético e sustentabilidade
  • Estratégias para mineradores iniciantes e avançados
  • Perspectivas futuras para mineração de criptomoedas

Prós e contras da mineração de criptomoedas em 2025

Prós:

  • Participação ativa na segurança e descentralização das redes blockchain
  • Geração contínua de ativos digitais sem necessidade de compra direta
  • Possibilidade de aproveitar recursos computacionais já existentes
  • Oportunidade de lucro em longo prazo com criptomoedas promissoras
  • Entrada menos arriscada no mercado cripto comparada ao trading
  • Conhecimento técnico valioso sobre blockchain e infraestrutura digital

Contras:

  • Custo inicial elevado para mineração competitiva de algumas criptomoedas
  • Alto consumo energético, especialmente em algoritmos Proof of Work
  • Rápida obsolescência de equipamentos especializados
  • Concorrência crescente com grandes operações de mineração
  • Volatilidade do mercado cripto afetando diretamente a rentabilidade
  • Complexidade técnica para configuração e manutenção de equipamentos

Entendendo os diferentes métodos de mineração de criptomoedas

Como Investir na Mineração de Criptomoedas

Antes de mergulharmos nas criptomoedas específicas, é fundamental compreender os diferentes métodos de mineração disponíveis. Cada um possui características próprias que determinam os requisitos de hardware, consumo energético e potencial de rentabilidade.

Mineração por CPU (Processador)

A mineração por CPU representa o método mais acessível e foi como tudo começou com o Bitcoin em 2009. Utilizando apenas o processador do computador, qualquer pessoa com um PC comum pode participar. Em 2025, poucas criptomoedas permanecem viáveis para mineração exclusivamente via CPU, mas algumas ainda mantêm essa possibilidade deliberadamente para fomentar a descentralização.

O método CPU é ideal para iniciantes que desejam experimentar a mineração sem investimentos significativos. Criptomoedas como Monero (XMR) e VerusCoin (VRSC) foram especificamente projetadas para serem mineradas eficientemente com processadores comuns, utilizando algoritmos resistentes a ASICs.

Mineração por GPU (Placa de Vídeo)

A mineração por GPU representa um avanço significativo em relação à CPU, oferecendo maior poder de processamento para cálculos paralelos. Placas gráficas modernas podem ser até 100 vezes mais eficientes que processadores para certos algoritmos de mineração. Este método dominou o cenário de mineração por anos e ainda permanece relevante em 2025.

Criptomoedas como Ravencoin (RVN), Ethereum Classic (ETC) e Vertcoin (VTC) foram desenvolvidas com algoritmos que favorecem o uso de GPUs comuns, resistindo à centralização causada por equipamentos especializados. O investimento inicial é moderado, variando de 500 a 3.000 dólares para uma configuração básica.

Mineração por ASIC (Circuito Integrado de Aplicação Específica)

Os ASICs representam o ápice da especialização na mineração de criptomoedas. São equipamentos projetados exclusivamente para minerar um algoritmo específico com eficiência incomparável. Um ASIC moderno pode ser centenas de vezes mais eficiente que uma GPU para seu algoritmo-alvo.

A mineração via ASIC é dominante para Bitcoin (BTC), Litecoin (LTC) e Dash (DASH), entre outros. O investimento inicial é substancial, com equipamentos custando de 2.000 a 15.000 dólares, além de necessitarem infraestrutura de refrigeração e energia dedicadas.

Mineração via pools (Grupos de Mineração)

Independente do hardware utilizado, a maioria dos mineradores hoje participa de pools, que são grupos que combinam o poder computacional de múltiplos participantes. Esta abordagem permite receber recompensas menores, mas frequentes, em vez de aguardar pela rara chance de minerar um bloco completo sozinho.

A mineração em pools democratizou o processo, permitindo que pequenos mineradores participem de redes com alta dificuldade como Bitcoin. As taxas de participação geralmente variam de 1% a 3% das recompensas.

Principais criptomoedas mineráveis em 2025

1. Bitcoin (BTC) – O pioneiro que mantém sua relevância

O Bitcoin continua sendo a criptomoeda mais valiosa e reconhecida mundialmente. Sua mineração evoluiu drasticamente desde que poderia ser realizada em laptops comuns. Em 2025, a mineração de Bitcoin tornou-se uma operação industrial, dominada por grandes empresas com acesso a energia de baixo custo e equipamentos especializados.

Algoritmo: SHA-256

Equipamento necessário: ASICs específicos para SHA-256

Recompensa por bloco: 3,125 BTC (após o halving de 2024)

Dificuldade de mineração: Extremamente alta

Consumo de energia: Muito elevado

Mineração solo viável: Praticamente impossível

A viabilidade econômica da mineração de Bitcoin depende criticamente de três fatores: o custo da eletricidade, a eficiência dos equipamentos utilizados e o preço corrente da criptomoeda. Com o halving ocorrido em 2024, a recompensa foi reduzida para 3,125 BTC por bloco, tornando ainda mais desafiador obter lucro para mineradores de pequeno porte.

Para ser competitivo, é necessário acesso a eletricidade abaixo de 0,05 dólar por kWh e os ASICs mais eficientes do mercado. A alternativa mais viável para investidores menores é participar de pools de mineração ou serviços de mineração em nuvem, embora com margens significativamente reduzidas.

2. Monero (XMR) – O campeão da privacidade e mineração democrática

Monero destaca-se como uma das poucas criptomoedas de grande capitalização que ainda pode ser minerada eficientemente com hardware comum. Seu algoritmo RandomX foi especificamente projetado para ser otimizado para CPUs e resistente a ASICs, mantendo a mineração acessível para usuários domésticos.

Algoritmo: RandomX (resistente a ASICs)

Equipamento necessário: CPU moderno com múltiplos núcleos

Recompensa: Dinâmica (~0.6 XMR por bloco)

Dificuldade de mineração: Moderada, mas acessível

Consumo de energia: Moderado

Mineração solo viável: Possível, mas pools recomendados

A filosofia por trás do Monero enfatiza a privacidade e a descentralização, o que se reflete em sua abordagem à mineração. O algoritmo RandomX favorece CPUs com grande cache L3 e suporte a instruções AES. Processadores como AMD Ryzen e Intel Core i7/i9 mostram excelente desempenho, tornando a mineração doméstica rentável mesmo em 2025.

Um aspecto particularmente atraente é a baixa barreira de entrada – praticamente qualquer computador moderno pode minerar Monero. Isso torna o XMR uma excelente opção para iniciantes que desejam experimentar a mineração sem investimentos significativos em hardware especializado.

3. Litecoin (LTC) – A prata para o ouro do Bitcoin

Frequentemente chamado de “prata digital” em comparação ao “ouro digital” do Bitcoin, o Litecoin continua sendo uma opção popular para mineração em 2025. Utiliza o algoritmo Scrypt, que inicialmente era resistente a ASICs, mas agora requer equipamentos especializados para mineração competitiva.

Algoritmo: Scrypt

Equipamento necessário: ASICs específicos para Scrypt

Recompensa por bloco: 6,25 LTC (após halving em agosto de 2023)

Dificuldade de mineração: Alta

Consumo de energia: Elevado

Mineração solo viável: Raramente

O Litecoin oferece tempos de confirmação mais rápidos que o Bitcoin (2,5 minutos versus 10 minutos), resultando em maior frequência de blocos minerados. Contudo, seu menor valor de mercado significa que as recompensas em termos financeiros são também proporcionalmente menores.

Para mineradores com acesso a ASICs Scrypt modernos e energia de baixo custo, o Litecoin ainda representa uma oportunidade viável, especialmente considerando sua longevidade e liquidez estabelecida no mercado.

4. Ravencoin (RVN) – O paraíso dos mineradores de GPU

Ravencoin surgiu como uma alternativa amigável para mineração com GPU e manteve esse compromisso ao longo de seu desenvolvimento. Em 2025, continua sendo uma das melhores opções para aqueles que desejam utilizar placas gráficas para mineração.

Algoritmo: KawPow (resistente a ASICs)

Equipamento necessário: GPUs modernas (NVIDIA RTX ou AMD RX)

Recompensa por bloco: 2.500 RVN

Dificuldade de mineração: Moderada

Consumo de energia: Moderado a alto

Mineração solo viável: Possível com múltiplas GPUs

O algoritmo KawPow do Ravencoin foi especificamente projetado para resistir a ASICs e favorecer GPUs, promovendo uma mineração mais descentralizada. Placas gráficas NVIDIA RTX 3060 Ti, 3070, 3080 e AMD RX 6800 XT apresentam excelente desempenho na mineração de RVN.

Um aspecto interessante do Ravencoin é seu foco em transferência de ativos, permitindo a criação e transferência de tokens personalizados sobre sua blockchain. Isso oferece utilidade adicional além da simples moeda, potencialmente aumentando seu valor e adoção a longo prazo.

5. Ethereum Classic (ETC) – O legado da mineração via GPU

Após a transição do Ethereum para Proof of Stake, o Ethereum Classic manteve-se fiel ao algoritmo original baseado em Proof of Work, tornando-se um refúgio para mineradores de GPU que anteriormente se dedicavam ao ETH.

Algoritmo: EtcHash (derivado do Ethash)

Equipamento necessário: GPUs com memória de 4GB+

Recompensa por bloco: 2,56 ETC

Dificuldade de mineração: Moderada

Consumo de energia: Moderado

Mineração solo viável: Raramente

O Ethereum Classic beneficiou-se significativamente da migração de mineradores após o “The Merge” do Ethereum. Como resultado, sua rede ganhou substancialmente em segurança e descentralização. O ETC mantém compatibilidade com aplicações originalmente desenvolvidas para Ethereum, oferecendo uma plataforma alternativa para contratos inteligentes.

Para mineração de ETC, GPUs com pelo menos 4GB de memória são necessárias devido ao tamanho do DAG (Directed Acyclic Graph). Placas com 6GB ou mais oferecem melhor longevidade, considerando o crescimento contínuo do DAG.

6. Kaspa (KAS) – A nova geração de Proof of Work

Kaspa representa uma inovação significativa no espaço de criptomoedas mineráveis, utilizando a tecnologia BlockDAG (Directed Acyclic Graph) para alcançar velocidades de transação impressionantes sem abandonar o seguro consenso Proof of Work.

Algoritmo: kHeavyHash

Equipamento necessário: GPUs modernas, otimizado para NVIDIA

Recompensa por bloco: Variável, com blocos muito frequentes (até 10 por segundo)

Dificuldade de mineração: Moderada

Consumo de energia: Moderado

Mineração solo viável: Possível, mas pools recomendados

O que torna o Kaspa particularmente interessante é sua abordagem inovadora que permite processar até 10 blocos por segundo, oferecendo confirmações de transação quase instantâneas mesmo utilizando Proof of Work. Isso resolve um dos principais problemas de escalabilidade enfrentados pelo Bitcoin e outras criptomoedas tradicionais.

O algoritmo kHeavyHash é otimizado para GPUs, favorecendo especialmente placas NVIDIA da série RTX. A mineração de Kaspa apresenta boa rentabilidade em 2025, combinando recompensas frequentes com um projeto tecnicamente avançado que atrai crescente interesse.

7. Dogecoin (DOGE) – A criptomoeda meme com mineração séria

Originalmente criada como uma paródia, o Dogecoin evoluiu para uma criptomoeda significativa com ampla adoção e liquidez. Utiliza o algoritmo Scrypt, o mesmo do Litecoin, permitindo inclusive a mineração simultânea de ambas as moedas (merge mining).

Algoritmo: Scrypt

Equipamento necessário: ASICs específicos para Scrypt

Recompensa por bloco: 10.000 DOGE

Dificuldade de mineração: Alta

Consumo de energia: Elevado

Mineração solo viável: Improvável

Uma característica única do Dogecoin é sua recompensa fixa de 10.000 DOGE por bloco, sem halvings programados como Bitcoin e Litecoin. Isso resulta em uma inflação controlada que diminui percentualmente ao longo do tempo, à medida que o suprimento total aumenta.

A mineração de Dogecoin é frequentemente realizada em conjunto com Litecoin através de merge mining, permitindo que mineradores resolvam blocos para ambas as redes simultaneamente sem custo computacional adicional significativo.

8. Zcash (ZEC) – Privacidade com opção de mineração GPUs

O Zcash combina funcionalidades avançadas de privacidade com um algoritmo que ainda permite mineração competitiva via GPUs, embora ASICs também estejam disponíveis.

Algoritmo: Equihash

Equipamento necessário: GPUs de alta memória ou ASICs Equihash

Recompensa por bloco: 3,125 ZEC

Dificuldade de mineração: Moderada

Consumo de energia: Moderado a alto

Mineração solo viável: Raramente

O algoritmo Equihash do Zcash foi projetado para ser “memory-hard”, favorecendo dispositivos com grandes quantidades de memória rápida. Isso permite que GPUs com 8GB+ de VRAM mantenham competitividade frente a ASICs, embora estes últimos ofereçam maior eficiência.

O diferencial do Zcash é sua tecnologia zk-SNARKs, que permite transações totalmente privadas, um recurso valioso em um ecossistema blockchain cada vez mais transparente e rastreável.

Comparativo de rentabilidade e acessibilidade

Criptomoeda Hardware Recomendado Investimento Inicial (USD) Consumo Energético Dificuldade para Iniciantes Rentabilidade Potencial
Bitcoin (BTC) ASIC SHA-256 $5.000 – $15.000 Muito Alto Alta Alta (com condições ideais)
Monero (XMR) CPU Multi-core $800 – $2.000 Baixo Baixa Moderada
Litecoin (LTC) ASIC Scrypt $2.000 – $8.000 Alto Moderada Moderada
Ravencoin (RVN) GPU (NVIDIA/AMD) $1.500 – $5.000 Moderado Baixa Moderada
Ethereum Classic (ETC) GPU 6GB+ $1.500 – $5.000 Moderado Baixa Moderada
Kaspa (KAS) GPU NVIDIA $1.500 – $4.000 Moderado Baixa Alta
Dogecoin (DOGE) ASIC Scrypt $2.000 – $8.000 Alto Moderada Moderada
Zcash (ZEC) GPU 8GB+ ou ASIC $1.800 – $10.000 Moderado a Alto Moderada Moderada
VerusCoin (VRSC) CPU e/ou GPU $800 – $3.000 Baixo Baixa Moderada
Vertcoin (VTC) GPU (One-click miner) $1.000 – $3.000 Baixo Muito Baixa Baixa a Moderada

A tabela acima apresenta uma visão comparativa das principais criptomoedas mineráveis em 2025. Vale ressaltar que a rentabilidade é altamente variável, dependendo de fatores como custo de eletricidade local, eficiência do equipamento específico utilizado e, crucialmente, o preço de mercado da criptomoeda em questão.

Proof of Work vs. Proof of Stake: O debate energético

Um dos aspectos mais controversos da mineração de criptomoedas é seu consumo energético, especialmente para algoritmos Proof of Work (PoW). De acordo com estudos recentes, redes como Bitcoin consomem mais de 99% mais energia que redes Proof of Stake (PoS) como Tezos, Polkadot ou Solana.

O elevado consumo energético das criptomoedas PoW levou a críticas significativas quanto à sua sustentabilidade ambiental. No entanto, defensores argumentam que:

  • A mineração incentiva o desenvolvimento de fontes renováveis de energia
  • Muitas operações de mineração utilizam energia que seria desperdiçada
  • A segurança proporcionada pelo PoW justifica o consumo energético
  • O sistema financeiro tradicional também consome enormes quantidades de energia

Algumas iniciativas prometissoras estão surgindo para tornar a mineração mais sustentável:

  • Utilização de energia hidrelétrica excedente para alimentar fazendas de mineração
  • Aproveitamento de gás natural que seria queimado (flared) em campos petrolíferos
  • Desenvolvimento de chips ASIC mais eficientes energeticamente
  • Sistemas híbridos que utilizam o calor gerado pela mineração para aquecimento

É importante observar que algumas criptomoedas, como Kaspa, estão desenvolvendo soluções que mantêm a segurança do Proof of Work enquanto reduzem significativamente o consumo energético por transação através de inovações como BlockDAG e processamento paralelo.

Estratégias para diferentes perfis de mineradores

Para iniciantes com orçamento limitado

Se você está começando com recursos limitados, considere estas opções:

  • Monero (XMR): Mineração com CPU que já possui, sem investimento adicional em hardware
  • VerusCoin (VRSC): Eficiente para CPUs modernos com algoritmo otimizado
  • Vertcoin (VTC): Software “One-click miner” extremamente amigável para iniciantes com GPUs
  • Pools de mineração pequenas: Algumas pools menores oferecem taxas reduzidas para novos mineradores

Para entusiastas com hardware de jogos

Se você já possui uma configuração para jogos com GPU potente:

  • Ravencoin (RVN): Excelente para GPUs NVIDIA RTX
  • Ethereum Classic (ETC): Bom desempenho em GPUs com pelo menos 6GB de VRAM
  • Kaspa (KAS): Alta rentabilidade para GPUs NVIDIA modernas
  • Software de gerenciamento: NiceHash ou minerstat para alternar automaticamente entre moedas rentáveis

Para investidores de médio porte

Com capital para investimento moderado ($5.000-$15.000):

  • ASICs de médio porte: Para mineração de Litecoin, Dogecoin ou Dash
  • Múltiplas GPUs: Configuração com 6-8 placas para mineração de ETC, RVN ou KAS
  • Diversificação: Combinar mineração de diferentes criptomoedas para reduzir riscos
  • Considerar custos operacionais: Refrigeração, manutenção e depreciação do equipamento

Para operações em escala industrial

Para investimentos significativos ($50.000+):

  • Fazendas de ASICs: Foco em Bitcoin, com localização estratégica para energia barata
  • Contratos de energia: Negociar diretamente com fornecedores para tarifas reduzidas
  • Infraestrutura completa: Sistemas de refrigeração eficientes, monitoramento 24/7
  • Hedging: Contratos futuros para proteger contra volatilidade de preços

O futuro da mineração de criptomoedas

À medida que adentramos a segunda metade desta década, várias tendências estão moldando o futuro da mineração de criptomoedas:

Inovação em algoritmos

Novos algoritmos estão sendo desenvolvidos visando maior eficiência energética sem comprometer a segurança. O kHeavyHash do Kaspa e o RandomX do Monero representam essa tendência, buscando equilibrar acessibilidade e resistência a centralização.

Hardware especializado mais acessível

A competição entre fabricantes de ASICs está aumentando, potencialmente levando a equipamentos mais acessíveis e eficientes. Além disso, soluções específicas para mineração com GPUs estão surgindo, como placas otimizadas exclusivamente para este fim.

Mineração sustentável

A pressão por práticas ambientalmente responsáveis está impulsionando inovações em mineração verde. Projetos que utilizam energia renovável ou aproveitam energia que seria desperdiçada estão ganhando tração, mudando a narrativa sobre o impacto ambiental das criptomoedas.

Descentralização renovada

Após anos de tendência à centralização, novos projetos estão enfatizando a importância da mineração descentralizada. Criptomoedas como Vertcoin e Monero lideram esse movimento, garantindo que mineradores individuais possam continuar participando de forma significativa.

Integração com IoT e dispositivos móveis

À medida que dispositivos móveis e IoT se tornam mais poderosos, novas oportunidades para mineração de baixa intensidade em dispositivos distribuídos estão surgindo. Algumas criptomoedas já permitem mineração limitada via smartphones, uma tendência que deve expandir nos próximos anos.

Considerações finais

A mineração de criptomoedas em 2025 apresenta um panorama diversificado, com opções para praticamente todos os perfis de investidores e entusiastas. Desde a mineração de Monero com um simples computador doméstico até operações industriais de Bitcoin, o ecossistema cripto continua oferecendo pontos de entrada para participação ativa nas redes blockchain.

Ao considerar entrar no mundo da mineração, lembre-se de que o sucesso depende não apenas da escolha da criptomoeda, mas também de fatores como custo energético, eficiência do equipamento, conhecimento técnico e, crucialmente, uma visão de longo prazo que considere a volatilidade inerente ao mercado cripto.

A mineração não deve ser vista apenas como uma fonte de renda, mas também como uma forma de participar ativamente no suporte e segurança das redes blockchain, contribuindo para um ecossistema financeiro mais descentralizado e resiliente.

O futuro da mineração de criptomoedas provavelmente será caracterizado por maior eficiência energética, hardware mais acessível e novos algoritmos que equilibram segurança com sustentabilidade. Aqueles que acompanharem estas tendências e se adaptarem às mudanças estarão bem posicionados para aproveitar as oportunidades que surgirão neste dinâmico espaço tecnológico.

Perguntas Frequentes

É possível minerar criptomoedas com um laptop comum em 2025?

Sim, é possível minerar algumas criptomoedas com laptops comuns, mas com ressalvas importantes. Monero (XMR) e VerusCoin (VRSC) são opções viáveis para mineração via CPU, enquanto laptops com GPUs dedicadas podem minerar moedas como Ravencoin em baixa intensidade. Porém, é fundamental monitorar temperaturas para evitar danos ao equipamento, já que laptops geralmente têm sistemas de refrigeração limitados.

Quanto tempo leva para recuperar o investimento em equipamento de mineração?

O período de retorno varia significativamente dependendo de vários fatores: o tipo de equipamento adquirido, custo de eletricidade, eficiência energética, dificuldade de mineração e, crucialmente, o preço da criptomoeda minerada. Em condições favoráveis, ASICs de Bitcoin podem recuperar o investimento em 10-18 meses, enquanto setups de GPU para altcoins geralmente levam entre 8-24 meses. É essencial calcular o ROI considerando também a depreciação do equipamento.

Como a mineração de criptomoedas afeta a vida útil do hardware?

A mineração submete o hardware a uso intensivo contínuo, acelerando seu desgaste natural. GPUs utilizadas para mineração 24/7 podem experimentar redução de 30-40% na vida útil, principalmente devido ao estresse nos sistemas de refrigeração e componentes eletrônicos. CPUs tendem a ser mais resistentes ao uso prolongado. ASICs geralmente têm vida útil de 2-3 anos antes de se tornarem obsoletos não por falhas, mas por ineficiência comparada a novos modelos.

É verdade que a mineração de Bitcoin consome mais energia que países inteiros?

Sim, estudos indicam que a rede Bitcoin consome aproximadamente 87 TWh anualmente, comparável ao consumo energético de países como Finlândia ou Chile. No entanto, é importante contextualizar: cerca de 40-45% dessa energia já vem de fontes renováveis, percentual que vem crescendo. Além disso, muitas operações utilizam energia excedente ou que seria desperdiçada, como gás natural que seria queimado em campos petrolíferos ou excedentes hidrelétricos em períodos de baixa demanda.

Quais são as principais diferenças entre mineração em pool e mineração solo?

A mineração em pool combina o poder computacional de múltiplos participantes, garantindo recompensas menores mas frequentes, proporcionais à contribuição de cada minerador. Já na mineração solo, o minerador trabalha independentemente e recebe a recompensa completa do bloco quando tem sucesso em minerá-lo, mas com probabilidade muito menor de sucesso. Para a maioria das criptomoedas em 2025, a mineração solo só é viável para quem possui poder computacional excepcional, enquanto pools democratizam o acesso à mineração para pequenos participantes.

Henrique Lenz
Henrique Lenz
Economista e trader veterano especializado em ativos digitais, forex e derivativos. Com mais de 12 anos de experiência, compartilha análises e estratégias práticas para traders que levam o mercado a sério.

Atualizado em: junho 21, 2025

Criptomoedas que Podem Ser Mineradas: Guia para Navegantes Digitais
Criptomoedas que Podem Ser Mineradas: Guia para Navegantes Digitais
Criptomoedas que Podem Ser Mineradas: Guia para Navegantes Digitais
Registro Rápido

Plataforma única para seus traders. A estrutura é clara e transparente.

75%
Nossa Avaliação